Coordenadoria tem papel fundamental especialmente com o aumento de casos de violência durante a pandemia
Um grave problema de saúde pública, a violência contra o gênero feminino era considerado, até pouco tempo atrás, um crime de menor potencial ofensivo. Graças a Lei Maria da Penha, os agressores passaram a ser penalizados com mais rigidez e a sociedade a encarar a violência doméstica como crime. O poder público municipal também passou a ter papel fundamental no apoio à mulher vítima de violência. Atualmente, a Prefeitura presta esse auxílio através da Coordenadoria Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Itajubá (CDDMI).
Criada em 2013, a Coordenadoria da Mulher é um órgão vinculado à Secretaria Municipal de Governo. Com sede à Rua Próspero Sanches, 161, no bairro São Vicente, a CDDMI oferece amparo a mulheres que se encontram com os direitos violados, inclusive em questões de saúde, habitação, benefícios sociais e apoio psicológico, visando o empoderamento, fortalecimento e acolhimento das mesmas de forma que se sintam suportadas para romper o ciclo de violência em que se encontram.
A equipe da CDDMI é composta por uma auxiliar de limpeza, uma agente administrativo que recebe as assistidas, uma assistente social, uma psicóloga e a Coordenadora Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Itajubá, Fábia Cristina Izidoro. “A mulher que aqui chega recebe um tratamento humanizado. Algumas nos procuram de forma espontânea, mas a grande maioria é encaminhada pela Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher – DEAM”, informa a Coordenadora.
Desde que foi inaugurada, em 2014, a Coordenadoria já realizou 2.500 atendimentos. Mas, segundo Fábia, esse número poderia ser ainda maior. “Infelizmente muitas são resistentes em receber o acompanhamento que oferecemos pela dor que o assunto causa a ela ou por medo de exposição. No entanto, nosso trabalho é sempre pautado na preservação da imagem da vítima”, assegura.
É preocupante também o fato de que a pandemia tem potencializado os casos de violência, já que o isolamento social acaba fazendo com que as vítimas convivam por mais tempo com o agressor. O próprio Governo Federal sancionou uma nova lei que amplia as medidas já existentes e possibilita às mulheres vítimas de violência realizarem denúncias por meio de aplicativo.
“Notamos que durante a pandemia houve um aumento nos encaminhamentos feitos pela Delegacia da Mulher, porém muitos casos registrados por lá não são autorizados pelas denunciantes a serem repassados para a nossa Coordenadoria pelos motivos já citados: medo e dor. Estamos trabalhando em conjunto com a DEAM para mostrar a essas vítimas que as políticas públicas que o município disponibiliza são para o seu próprio fortalecimento”, diz a Coordenadora.
Se você conhece uma mulher vítima de violência, seja física ou psicológica, indique a CDDMI e o suporte que o órgão pode oferecer a ela. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (35) 9 9924-8231.
Veja abaixo outros contatos que podem ajudá-la a romper o ciclo de violência em que se encontra: